O obstáculo é o caminho - Resenha crítica - Ryan Holiday
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O obstáculo é o caminho - resenha crítica

O obstáculo é o caminho Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Desenvolvimento Pessoal

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The obstacle is the way

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-1-101-62059-5

Editora: Bicicleta Amarela

Resenha crítica

Enfrentando os problemas

Reflita sobre a seguinte situação: você está altamente empenhado em seus projetos e, subitamente, se depara com obstáculos que lhe impedem de prosseguir. Nesse caso, qual seria a sua reação?

Evidentemente, quando estamos diante de um desafio, é natural que sintamos um misto de emoções que, eventualmente, nos impossibilite de ver as soluções adequadas que poderíamos adotar.

A angústia, a raiva, o medo e, sobretudo, a frustração tendem a se incorporar em nossa mente, de tal forma que, não raro, nos levam a desistir de nosso foco. Holiday ressalta que, nos dias atuais, nossos maiores obstáculos podem ser encontrados “no interior”.

Dito de outra forma, eles são frutos de nossas tensões e negatividade. Muitas vezes, desejamos culpar alguém por nossas derrotas. Tal atitude precisa ser extirpada da rotina de quem busca aprender com as dificuldades.

Para o autor, só conseguimos enxergar possibilidades e superar os obstáculos quando promovemos mudanças em três áreas centrais de nossas vidas:

  • a forma como percebemos os problemas;
  • o modo como os abordamos;
  • a maneira que utilizamos nossa criatividade e energia para converter adversidades em vantagens.

Essa transformação pode ocorrer mediante o emprego da força de vontade, da ação consciente e da percepção. Com efeito, esses são os elementos mais importantes explicados por Holiday para “destravar infinitas possibilidades”.

Percepção

O conceito de percepção transcende, segundo o nosso autor, a simples avaliação ou discernimento. Para que seja eficaz, ele deve ser direcionado e não sujeito às amarras emocionais.

Um indivíduo que deseje aprender com seus problemas, precisará compreender que a percepção pode tanto ser uma fraqueza quanto uma força. Ou seja, se vislumbrarmos uma determinada situação com um viés puramente emocional, certamente nos distanciaremos de nossos objetivos.

Holiday argumenta que para obter uma percepção adequada, a objetividade e a autodisciplina são virtudes indispensáveis. Isso implica em trabalhar a autoconfiança, analisar os eventuais erros e estudar acerca do que realmente se quer.

Portanto, o modo como você assimila o projeto e seus obstáculos ditará, também, o seu comportamento. Nesse sentido, sensação de impotência, medo e desespero são reações normais de quem nota que algo não ocorre conforme o planejado.

Entretanto, o que diferenciará você de alguém que sabe apreciar as dificuldades é, precisamente, o tempo dedicado a esses sentimentos. Nesse ponto, uma autoconfiança cautelosa é crucial.

Obviamente, não se trata de pensar que você é infalível ou que será capaz de resolver tudo simples e rapidamente. De fato, o que o autor enfatiza é a necessidade de entender que é possível encontrar meios de escapar dos erros, por mais que eles persistam em sua vida.

Isso pode ser alcançado das mais diversas formas: fazendo novos projetos, alterando sua rotina, ajustando suas metas, dentre outras. Ao deixar as emoções tomarem o controle de sua visão a respeito de uma determinada situação, você perderá a percepção objetiva, ficando menos racional.

No que lhe concerne, a percepção emocional é inútil, uma vez que compromete a sua capacidade de ação e vontade de buscar caminhos alternativos. Lembre-se de que quanto mais elevados forem os seus objetivos, maior será a quantidade de pessoas com as quais terá de se defrontar.

Controle as suas emoções, reconheça o seu poder, os seus conhecimentos e o seu valor. Para tanto, o equilíbro deve ser tido como uma habilidade e um atributo que lhe ajudará nesse processo de aprender a agir, com a “cabeça fria”, sobre os problemas cotidianos.

Vale destacar que isso não implica ser indiferente. Essa expressão, segundo a abordagem do autor, refere-se à serenidade e à coragem. Para que isso ocorra, é necessário visualizar os problemas “de fora”.

Como fazer isso? Tente se ausentar deles por alguns instantes. Resolva-os como se não fossem seus. Essa é uma metodologia eficiente para se livrar das ações baseadas em percepções emocionais perante os obstáculos.

Há, sobre um dado contexto, 2 tipos generalizantes de olhares:

  • aquele que percebe: esse tipo não é útil. As pessoas com essa visão projetam unicamente os contratempos e os problemas. Não enxergam soluções, pois estão sendo controladas por suas emoções – o que as impedem de ver as possíveis saídas;
  • aquele que observa: essa é a visão mais inteligente, pois considera o problema na totalidade. Os indivíduos com esse tipo de olhar estão livres de exageros e distrações. Não permitem que o “lado emocional” se abale, mantendo-se hábeis, fortes e preparados para olhar os obstáculos com sabedoria e tratá-los com serenidade.

Uma das principais falhas que desestabilizam emocionalmente as pessoas consiste em reunir todas as dificuldades em uma “única caixa”. Essa medida gera ansiedade, indicando a falsa necessidade de resolver todas as questões de uma vez.

Para evitar esse grande empecilho a qualquer solução, mantenha o foco no que, efetivamente, pode ser mudado e que está em suas mãos.

Inteligência emocional

Frequentemente, manifestamos inteligência emocional e, assim, não somos facilmente abalados, mantendo estratégias e projetos ativos. Contudo, nem sempre temos a paciência necessária para executar.

Não há problemas em se sentir desanimado, o que você não pode fazer, sob nenhuma hipótese, é desistir dos seus sonhos. Para colher cada fruto de suas ações, é preciso canalizar a sua energia para o que é realmente importante.

Guarde as suas estratégias e sonhos para as pessoas que podem fazer algo em seu benefício. Se estiver sozinho, assuma as responsabilidades e a determinação necessária para concluir o que começou.

Para que isso ocorra, a organização é indispensável. Em termos práticos, uma mente desorganizada perde a concentração com facilidade e, em pouco tempo, você não terá a mínima ideia de por onde e nem como começar.

Agora que chegamos na metade da leitura, conheceremos alguns aspectos vitais para superar todos os obstáculos e criar as suas próprias chances de sucesso.

Ação

Após desenvolver a sua nova percepção, será necessário entrar em ação. Logo, você deve estudar a fonte dos erros e “arregaçar as mangas” com coragem, ousadia e criatividade.

Uma valiosa dica de Holiday é: “nunca evite a ação”. Os problemas são seus e somente você poderá resolvê-los. Nesse cenário, é altamente recomendável implementar as melhores estratégias para concretizar cada solução planejada. Entre as principais características para superar os obstáculos, destacam-se:

  • o foco nas oportunidades;
  • a visão estratégica;
  • a astúcia;
  • o pragmatismo;
  • a resiliência;
  • a persistência.

Convém não demorar para agir. Lembre-se de que cada dificuldade lhe fortalecerá para as próximas que surgirão. Quanto mais procrastinar, mais apático você se tornará. O melhor é, segundo o autor, “cortar esse mal pela raiz”.

Compreenda, ainda, que antes de tomar qualquer atitude, você precisa assumir os seus erros. Não obstante, essa responsabilização não pode ser relacionada à impotência e ao fracasso – apenas os indivíduos estagnados agem assim.

O fracasso e a ação são ambos os lados de uma mesma moeda. O medo é a única coisa que os diferencia. Esse sentimento desmotiva, paralisa e o deixa mais tolerante justamente quando é necessário se revoltar.

Holiday utiliza a expressão “revolta” como sinônimo de “inconformismo”. Nunca se conforme com os obstáculos, tampouco com as derrotas. Não permita que o medo dite as regras.

Substitua quaisquer temores pelos processos de superação e aprendizagem. Evidentemente, isso é mais fácil “falar do que fazer”. Não se esqueça de que as condições externas dificilmente são favoráveis às pessoas que sonham alto. Para isso, seja persistente e forte, abraçando a resiliência.

Força de vontade

Pode acontecer que, mesmo após o ajuste na percepção e o direcionamento das ações, você fique desmotivado perante a estagnação de uma crise. Esse é o momento ideal de utilizar o seu “poder interior”.

Segundo o autor, essa força é a sua vontade, isto é, o desejo de lutar, até mesmo, nas ocasiões em que tudo parece impossível. A força de vontade requer altas doses de resiliência e flexibilidade.

Dessa forma, ainda que você desenvolva a visão de observador e implemente estratégias perfeitas e projetos invejáveis, se não alimentar o desejo de seguir em frente e a esperança, tudo o que fizer será em vão.

Essa faculdade lhe ajudará a contextualizar cada problema, simplificando a visualização de soluções pertinentes e que, anteriormente, pareciam inexistentes. Os sonhadores, os visionários, os líderes devem aprender a “abrir mão”.

Isso significa se abster de luxos, da fama, de sempre estar “em primeiro lugar”. Quem se baseia nesses valores tende a cair assim que lida com as primeiras crises. Holiday elucida que tal abstinência só é possível quando trabalhamos o anseio de transpor barreiras e de vencer.

Em outras palavras, a vontade é a verdadeira disciplina da alma. Diferentemente da ação e da percepção, ela está sob o seu controle. Você pode enunciar o “veredito final”. Trata-se da decisão, da sentença inapelável de manter a firmeza de caráter e de continuar trilhando os caminhos que  levam você aos seus sonhos.

Esteja preparado para o pior

Essa não é uma disposição pessimista, mas, antes de tudo, uma demonstração de sabedoria. Além do estabelecimento de metas é imprescindível considerar a possibilidade de que algo dê errado na fase de execução.

Há uma infinidade de motivos que podem interferir no andamento dos seus projetos, não é mesmo? Dessa maneira, estar preparado implica ter condições de reagir a situações como falhas na comunicação ou sobrecarga dos membros da equipe.

Caberá a você, visionário, atuar para que tudo corra bem. Conforme mencionado, a autoconfiança cautelosa é indispensável. Para o nosso autor, o excesso de calma não é recomendável.

A imagem proposta por Holiday é a do “campo de batalha”, com lutas travadas contra tudo que impeça o seu progresso – ainda que involuntariamente. Assim que começar a lutar com afinco por algo, será necessário elaborar táticas que possam livrar-lhe de eventuais armadilhas.

Afinal, você economizará energia e tempo ao antecipar pensamentos negativos, mantendo-se equilibrado quando as “tempestades” surgirem no horizonte. A concretização desses princípios depende, em grande medida, de quanto amor é colocado em cada tarefa.

Tanto nas dificuldades quanto nas facilidades, dissemine os seus melhores sentimentos em todos os estágios. As boas intenções se concretizam apenas quando incorporamos nossas emoções.

Nesse contexto, o autor defende o estabelecimento do que chama de “amor fati”. Esse conceito designa o carinho aos projetos em curso, independentemente das falhas ou dos acertos.

Notas finais

Cumpre ressaltar, por fim, que a maioria das pessoas entra no “modo desespero” diante dos obstáculos. O autor, contudo, nos convida a assumir uma postura diferente: enxergar os problemas como uma oportunidade de melhorar e se testar.

No caminho, você se tornará um ser humano melhor, tanto para si quanto para seus colegas de trabalho, amigos e familiares. Para tanto, é imprescindível enxergar com clareza, agir corretamente e, sobretudo, aceitar o mundo tal como ele é.

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Quem escreveu o livro?

Ryan Holiday é um autor, marqueteiro e empreendedor americano. Além disso, é estrategista de mídia e Diretor de Marketing na marca American Apparel. Também é colunista de mídia e editor no New York Observer. Holiday começou sua carreira profissional depois de sair da faculdade aos 19 anos de idade. Frequentou brevemente a Universidade da Califórnia, Riverside, onde estudou ciência política e escrita criativa. Holiday trabalhou com Robert Greene, autor de The 48 Laws of Power, no livro best-seller do New York Times do autor, The 50th Law. Hoje, ele aconselha ou trabalha com uma variedade de autores mais vendidos, incluindo Max, Greene, Timothy Ferriss, Tony Robbins e Vani Hari, da Food Babe. Serviu como Diretor de Marketing para American Apparel e como conselheiro do fundador Dov Charney.Ele deixou a empresa em outubro de... (Leia mais)

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